sexta-feira, janeiro 11, 2008

Simples assim

De onde ela vem? Essa busca.
A necessidade de desvendar
os mistérios da vida,
quando as coisas mais simples
nunca serão respondidas.
Por que estamos aqui?
O que é a alma?
Por que sonhamos?
Talvez seja melhor
nao procurarmos as respostas.
E não seguirmos esse desejo
de saber...
Mas a natureza humana
não é assim, nem o coração
dos homens.
Não é por isso que estamos aqui.
Mesmo assim, lutamos
para fazer diferença,
para mudar o mundo
e para ter esperança.
Mas nunca sabemos
quem vamos achar pelo caminho.
Quem dentre tantos "strangers"
vai segurar nossas mãos?
Quem vai tocar nossos corações?
E compartilhar o sofrimento
de tentar?




Sonhamos em ter esperança e ver mudanças,
com fogo, amor, morte.
Então, tudo acontece.
O sonho se torna realidade.
E as respostas para a busca
e para desvendar os mistérios da vida
finalmente se revela, como a luz crescente
de um novo amanhecer...
Tanto esforço para acharmos
significado e propósito.
E,no final, achamos isso
uns nos outros.
Na jornada que fizemos pelo fantástico
e pelo mundano.
É a necessidade humana de achar
um semelhante para nos unirmos,
e para sabermos,
dentro dos nossos corações,
que não estamos sozinhos.

domingo, dezembro 02, 2007

Re[mechendo]


Eu gosto do meu quarto, do meu desarrumado, ninguém sabe mecher na minha confusão:

Dentro de mim existem duas faces de uma mesma moeda tirando a sorte pra ver quem vai ficar.
De um lado a criança birrenta, manhosa, insistente, porém essa mesma criança é capaz de sonhar, de sentir, de ser expontânea, de não ter vergonha de expor seus sentimentos, de descontrair quando necessário, de fantasiar, imaginar e viver com a maravilha da admiração pelas coisas do mundo, pelas pessoas, pelas descobertas, em fim, essa criança é intensa! Do outro lado existe uma mulher nascendo, essa mulher é decidida, responsável, e está prestes a desenvolver as suas aptidões profissionais, pensa na sua carreira, no seu futuro, mas com os pés no chão e não deixa de viver o presente, mas ela é dura feito uma pedra e como a criança, não aceita um não da vida, a diferença é que a mulher é mais sensata. Mas de que vale a sensatez, a responsabilidade, a auto-exigência quando no fundo a mulher não se sente confortável? E de que vale também toda a sensilibidade e expontâniedade quando somados ao individualismo e ao egoísmo extremo e sem medidas? Essa dualidade precisa se entrelaçar...todavia quando elas se encontram , se chocam e causam desordem, ficam desconexas,incoerentes e causam a explosão, o vazio, a escrita.Mas eu confesso que morro de medo de escrever quando isso acontece e o medo, ah, o medo mora perto das idéias loucas!

Prestes a completar 1.8, daqui a exatamente 7 dias e dilemas como estes continuam a me sondar diáriamente. Ás vezes da preguiça, na areia movediça, quanto mais eu mecho, mais afundo em mim.

O tempo que eu tanto desprezo não é meu meu amigo quando preciso e eu trato o relógio, esse mero objeto que os homens criaram para controlar o tempo, como uma mentira quando eu quero, mas a verdade é que isso não é possível, o tempo está aí para mostrar que o universo existe pra valer e que nada vai parar. O meu rádio-relógio mostra o tempo errado, aperte o play.

Talvez a música esteja aí para concertar o des[concerto] de cada ser, porque ela possui o tempo certo, o tom exato, o ritmo e o compasso propícios pra mover cada alma em seu devido lugar. Porque no fundo é preciso se sentir confortável na medida do possível e isso é possível!

[Silêncio por favor, enquanto esqueço um pouco a dor no peito, não diga nada sobre os meus defeitos, eu não me lembro mais quem me deixou assim...hoje eu quero apenas uma pausa de mil compassos para ver as meninas e nada mais no peito, só esse amor assim descontrído.Quem sabe de tudo não fale, quem não sabe nada se cale, se for preciso eu repito.]

Por isso eu digo que eu não sou triste nem feliz, sou poeta vivendo assim num clipe sem nexo meio bossa nova e rock'n'roll e a minha beleza não é efêmera como dessas que eu vejo em banca por aí, a minha natureza é mais que estampa, é uma melodia solta, pronta pra se arranjar!


Agora depois de tanto vou fumar um cigarro, porque fumar é suspirar sutilmente! É o meu ponto de vista, não aceito turistas!

[ pó de ser?!]

sexta-feira, novembro 23, 2007

" Rotina, rotina...buáaa ( apesar de tudo fazendo a linha insana )

Gosto de filosofia, dos grandes filósofos, dos seus olhos "microscópicos" e sentidos aguçados para admirar, observar e analisar o mundo. Também gosto de filosofar, mas últimamente não posso me dar a esse "luxo", visto que o tempo tem me arrastado com ele na correria do dia-dia. Mas confesso que é inevitável naqueles 15 minutos de desncanso, 15 minutos de suspiro sutil, 15 minutos de silêncio não parar e pensar, observar e desenvolver o meu pensamento, levá-lo pra longe a ponto de quase chegar no extase das palavras e imagens e ai, que vontade de colocar tudo pra fora!!!! Minha alma e minha mente transbordam em mim a vontade de escrever...até que o tempo me censura e me apresenta a hora de voltar á realidade. Mais um dia se passa e passa em mim também a vontade de escrever, devido ao cançasso.

Seis horas da manhã e o meu rádio relógio errado, aperto o play? Só se for do meu cd em formato mp3 e lá vou eu tomar o meu café da manhã. "Da tempo de deitar mais um pouco, até as seis e vinte" - penso eu. Já virou mecanismo proveniente da rotina. Porém, três minutos antes ou um pouco mais momy insiste em ligar no meu celular: " Filha, já são 6:30, hora de acordar". Ótimo, acordo com humor inenarrável!

Resumindo: estudo feito uma "cachorra loca" e sempre tem aquele cidadão me cobrando um pouco mais, aquele cidadão tentando melhorar o meu dia, aquele cidadão que chamo de "pedra no meu tênis" ( sapato não, porque tênis é modeeeeeeeeerno e confortável). Mas convenhamos que também, eu pedi pro meu fim de ano ser assim, essa "bagunça organizada" da qual reclamo todos os dias que me estressa horrores e é proveniente da minha "calma", de achar que tudo dá pra levar no "meu jeitinho brasileiro". "Bem feito troxa, agora aguenta" - você deve estar pensando. Mas e daí?! Sou "sagitariana", não fui feita para regras, não fui feita pra se prender a nada e muito menos para coisas sistemáticas, mas confesso que deveria fazer as coisas mais bem feitas possíveis. Agora eu entendo. Só aprendo errando mesmo! Coisa feia!!!!
Whatever... o que quero dizer com todo esse lerê é que eu preciso de um orfanato, porque "cuidar de crianças relaaaaaaaaaaaxa". Brinks né gente?! O que eu quero dizer mesmo é que eu necessito do meu tempo, do meu jeito ( nem que seja no final de semana que eu não tenho mais ) para ver o mundo com olhar de criança, olhar de filósofo e escrever, escrever até cansar a mão de prazer e não de obrigação!!!!


A minha sorte é que meu "sócio" tá presente ( êeeeeeee), ele sempre me propcia momentos agradáveis!

Como diria Dani Carlos : Eu gosto do meu quarto, do meu desarrumado, ninguém sabe mecher na minha confusão. É o meu ponto de vista, não aceito turistas, meu mundo tá fechado pra visitação. Coisas que eu sei, são coisas que eu somente não sabia, agora eu sei.



sexta-feira, outubro 26, 2007

" Tempo, tempo, mano velho, falta um tanto ainda eu sei, pra você correr macio..."

Nesses últimos dias, dias chuvosos por sinal, cá estava eu rogando ao tempo " me perdoa".
Sabe quando tudo dá errado?

O clima frio propcia aquele olhar gordo no jantar de quem precisa encher o prato de calorias de alegria e calar a boca de feijão.O tempo corre alheio à sua vontade e você simplesmente se vê sendo devorado no prato com limão azedo, ou melhor, com arroz, arroz e feijão.Aí você toma um gole de suco amargo e pede: " me passa açucar com afeto?!" Equanto isso aqueles mesmos assuntos medíocres continuam rolando na sala de jantar e você diz pra si mesmo: " não ligue pra essas caras tristes fingindo que a gente não existe, sentadas são tão engraçadas, donas da sua sala". Eis que você termina de comer, escova os dentes e entra no seu quarto. No silêncio do recinto,como se já não bastasse a má digestão, você se põe a dormir, a dormir não, a "semi-dormir" com o corpo e a mente cheias de preocupação.

E de nada adiantava acender cigarro após as refeições e enfiar a cara nos livros, na cama ou nos jornais procurando uma notinha de esperança.As coisas continuavam iguais e tudo o que eu queria era abrir um pacotinho de biscoitinho da sorte e receber a seguinte mensagem: "parabéns, você encontrou a felicidade". Quem sabe me animava um pouco. Mas ao invés disso eu abri uma correspondência da faculdade, o que aumentou ainda mais o meu stress na escola e em casa.
Assim tudo continuava igual:a mesma chuva, a mesma angústia, o mesmo ideal, quase um triste fim de policarpo se eu não fosse "brasileira."


Bater de frente contra o tempo era como bater de frente com meus pais, eles eram indiferentes a minha opinião, pois sabiam o que era melhor pra mim. ( será?)
E veja bem, como eterna errante e "brasileira" eu continuava a negociar e pedir mais tempo ao tempo, pra que eu tivesse tempo pra realizar minhas tarefas e ficar em dia com a vida ( e com a escola por sinal). Mas não tem boi, não existe uma empresa especializada em empréstimo ou acrécimo de tempo. O jeito era fazer um curso de administração... não!!! De matemática eu já estou cansada!!!! E além do mais eu já enfrentei 4 hrs de fila pra me inscrever no curso técnico de informática.


Mas eis que chega quinta-feira.
O prato do dia chegou enquanto eu me sentia um verdadeiro amendoim. Não quis saber, me joguei da panela pra me servir à vontade e me perder.
Foi quando percebi: "
como arroz e feijão é feita de grão em grão a nossa felicidade. Depende de como você vê"...
...ou melhor dizendo, " como feijão e arroz que só se encontram depois de abandonar a embalagem", foi digno assistirmos ao espetáculo da cia O grito de Belo Horizonte, " tem mandragora na panelinha ", embora " muito barulho por nada" esperasse por nós.Nessas horas, sei lá, a vida parece que tem mais sabor.


Hoje, sexta-feira insana,após o Sol literalmente sair pensei: "o prato do dia chegou, é quando eu encontro você, nem me lembro o que foi diferente, mas assim como veio, acabou e quando eu penso em você eu choro café e você chora leite. "

Tempo, dê-me uma brecha, eu sou café com leite.


segunda-feira, outubro 15, 2007

Quando eu morrer vou acordar para o tempo e para o tempo parar...


Não somos mais

Que uma gota de luz,

Uma estrela que cai,

Uma fagulha tão só naa idade do céu...


Não somos o que queríamos ser,

Somos um breve pulsar em um silêncio antigo com a idade do céu..


Calma!Tudo está em calma...

Deixe que o beijo dure,deixe que o tempo cure...

Deixe que a alma tenha a mesma idade que a idade do céu...


Não somos mais

Que um punhado de mar,

Uma piada de Deus,

Um capricho do sol

No jardim do céu...


Não damos pé

Entre tanto tic tac,

Entre tanto Big Bang,

Somos um grão de sal

No mar do céu...


Calma!Tudo está em calma...

Deixe que o beijo dure,deixe que o tempo cure,

Deixe que a alma tenha a mesma idade que a idade do céu...


( Paulinho Moska)



sexta-feira, setembro 28, 2007

“Ninguém jamais conhece alguém de verdade.”

Embora pareça fraca, essa é uma das frases mais marcantes do filme “Regras da atração”. Um filme que embora pareça clichê de adolescentes babacas liberando toda sua testosterona e orgasmos múltiplos ao se verem livres na faculdade, ultrapassa a perspectiva do comum. Inteligente, sexy, instigante, irônico, sarcástico, irreverente, existem inúmeros adjetivos pra definir um filme dos mesmos criadores de “Pulp Fiction”. Não se trata de um lançamento e sim de um marco real no estereotipo “adolescente unidense”. Bem, embora o filme seja um pouco velho (o que não denota o conteúdo e a qualidade dele), apresenta do ponto de vista técnico uma “inovação” na linguagem visual que por vezes em algumas cenas até mesmo substitui a verbal. Há uma incrível conexão por via das habilidades ou ausência de através dos personagens que faz com que o telespectador enxergue as relações, os sentimentos ( ou falta de ) destes mesmos por ângulos, perspectivas diferentes em cenas já vistas ( como acontece no caso do filme “Elephant”). A diferença está na sutileza e velocidade que as coisas acontecem, mas o desfecho com que os personagens se interligam é o mesmo. Confesso que é um filme que soa um pouco estranho porque já começa pelo final, mas é um dos poucos que tenho saco de descrever com tanta fascinação. Recomendo que assistam e já aviso de antemão que a essência não é fácil de captar, se não assistires com a devida atenção o filme passará batido. É bom que assistas em duas fases diferentes de sua vida pra que o enxergue também com perspectivas diferentes.
Aproveitando o encejo, filmes , complexidades, relacionamentos e afins é engraçado como um filme parece estar enganchado em outro. Começa com “Pulp Fiction” ( uma dose de “horrorshow”) e a beleza exótica cai na crítica de “Elephant” que por sua técnica de filmagem leva a “Regras da Atração” que por falar em “estranhos” leva a “Closer”...que por falar em relações ou falta de leva finalmente a “Nota de um escândalo” ( filme recente por sinal)...
...pode ser uma viagem cinematográfica, mas que na minha mente funciona muito bem !
Pois é, você que vive criticando algumas pessoas, elogiando outras, “conhecendo” umas e querendo “conhecer” outras está preparado(a) para desvendar esse mistério da comunicação e relações humanas? Se concordares ou discordares do título desse post, dê-me argumento suficientemente convincente, baseado na análise pessoal e dos filmes por sinal, please.
Pode parecer muita futilidade da minha parte, mas depois de tanta reflexão eu só preciso de uma amiga bem fútil que me diga: “ Ei, pare de refletir porquê você não é espelho ok?”. Hahahaha...grata pela atenção! Por hoje é só, porque hoje só amanhã!

domingo, setembro 09, 2007

metade de mim agora é assim....

Li e achei digno, propício....

O tempo passou e eu mudei.Mudei porque amadureci ... mudei porque passei por tantas e tão diversas experiências, que consegui aprender com meus próprios erros ... mudei porque me decepcionei com amigos ... mudei porque me decepcionei com amores ... mudei porque conheci pessoas tão especiais que fui capaz de me inspirar por elas e me espelhar nelas para me tornar uma pessoa diferente... talvez uma pessoa melhor.O tempo passou, eu mudei e nem tudo, nem todos, me acompanharam.Mas valeu a pena. Não há tempo, numa vida cuja existência é tão imprevisível, para arrependimentos. Ou melhor: se deve haver arrependimento, que seja porque eu fiz tudo o que estava ao meu alcance para me tornar uma pessoa melhor. Para ter uma vida melhor.Viver, afinal, é a arte de mudar e aprender. Manter a essência ... mas aprender. Mudar.Coco Chanel disse uma vez : "Não sou mais o que era ... devo ser o que me tornei". Verdade.